Paraísos Artificiais

A vida passava leve,
Assim como descia o espumante batido com morango.
Não era champanhe, nem uma taça, mas a doçura justificava.


Sentado com a coberta sobre os pés.
Os livros haviam se tornado peças decorativas, 
Tal qual a televisão, nada além de um quadro negro empoeirado.
A tela escura com pontos brancos, mimese do céu estrelado.


As lágrimas escorriam, uma de cada vez, sem choro ou careta.
Talvez fosse o fim do outono, o teor alcoólico, saudosismo ou ilusão.
Sinceridade e artificialidade de mãos dadas, noite à tarde.


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