Como verde no vermelho

"Nunca o mesmo homem,
nunca o mesmo rio".

Nunca o mesmo amor, 
Nem o mesmo amante, nem o mesmo amado.

Qual o fixo, o imutável, 
além da própria impermanência? 

Lembranças fluidas, 
percepção enviesada,
ciclicamente eclipsados.

Haveria eternidade prolongada no tempo,
sem autoengano,
sem completa submissão,
sem morte breve?

As posições mudam,
A entropia aumenta.
Sobra o brilho verde destes olhos vermelhos.

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