O que estou fazendo com a minha vida?


No mundo multimídia, dos diálogos com limitação de caracteres, são ainda menos discutidas aquelas dúvidas que chamávamos de existenciais.

No meio de uma multidão cotidiana, seja no metrô lotado, ou na praça de alimentação de um shopping na hora do almoço, cada ser humano acredita que suas incertezas são exclusivas, quase incompreensíveis aos demais.

Quão surpreso fica aquele que acabou de ascender profissionalmente, ainda jovem, ao descobrir que o sentimento de ser uma fraude não é unicamente seu?
Não percebe a natureza genuinamente humana por traz dessa percepção.

Uma amiga, que não era propriamente presente, ao invés de "tudo bem com você?", frequentemente me perguntava "está feliz?".
Não só perguntava, como prestava atenção na resposta.
Discutimos umas centenas de vezes o que era felicidade, a natureza da pergunta, e os acontecimentos da vida.

Hoje sobrou a mensageria instantânea.

- 2019 -

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