Estava só.
Olhava ao redor e nada via, nada existia, não era só centro, mas único.
Precisava de cor, então a luz se fez.
Precisava de diversão, surgiram então outras consciências.
Sendo dono da criação, a verdade portava.
Mas, alheio ao próprio invento, estava a esquecer que a tudo controlava.
Com medo, então, passava a criar mitos, que explicavam as próprias criações.
Fugia e, enquanto fugia, criava e, enquanto criava, fugia.
Na fuga, não entendia que criava o berço, o caminho e o destino.
E, quando notei que era meu próprio Deus, já estava perdido pelo caminho.
- 2000 -
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